É sempre a mesma história: chega o verão, todo mundo se anima. Não demora muito e um velho e conhecido problema dá as caras: chove muito, a água não tem pra onde ir e pronto, temos um alagamento. As consequências são diversas: trânsito caótico, pessoas desalojadas, perda de carros e móveis, e muitas vezes, vidas! Mas porque, em grandes cidades, o problema é maior? • A resposta é simples: a urbanização desorganizada que ocorreu no Brasil não permitiu um bom planejamento das cidades, e os sistemas de esgoto e escoamento de água são precários e insuficientes. • Soma-se isso à falta de terra e ao excesso de asfalto e cimento. • Como se já não fosse suficiente, a população é mal esclarecida e passa o ano inteiro pensando “ah, não é o meu papel de bala que vai alagar a cidade”. • O resultado desses fatores juntos é que a água não é absorvida, não é bem escoada e os principais locais para os quais ela escoa (no caso bueiros e canos) estão entupidos de lixo e parece não haver solução. E agora? Estes são problemas preocupantes, pois o que se vê é que, todo ano, a situação se repete sem que haja melhora. Por mais que sejam feitas obras pela cidade, como novos encanamentos e piscinões, a população continua crescendo. O pensamento de que não é um lixinho que vai causar a enchente é passado de pai para filho e assim o lixo nas ruas só aumenta. Além disso, as construções em áreas irregulares, sem que haja planejamento de rede de esgoto provoca despejo de lixo em locais indevidos, como rios e córregos. Isso tudo somado à corrupção e à falta de empenho dos políticos em fazer obras realmente eficientes por toda cidade (e não apenas nos pontos valorizados), perpetua os alagamentos de ano em ano. Infelizmente, além de escolher bem em quem votar, não há muito o que fazer para alterar a estrutura das cidades. Mas, definitivamente, se disseminarmos a cultura de que “não importa o tamanho, lixo é no lixo”, estaremos ajudando a construir um futuro melhor para nossas cidades, beleza?
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